Page 88 - L&H_ED 241_DIGITAL
P. 88

ARTIGO CIENTÍFICO IMUNOLOGIA






          O uso da técnica na avaliação                   Irigoyen et al. O cut-off para determinar a positividade dos
          de fatores preditivos em câncer                 receptores hormonais é de > 1% de células tumorais com
          de mama permite identificar                     coloração nuclear positiva. Para interpretação da expres-
                                                          são do HER2, foi adotado o cut-off > 30% de células tumorais
          pacientes que poderão se                        com coloração membranosa marrom escura, marcando

          beneficiar de tratamentos                       toda a circunferência da célula  (12, 16, 19, 20) .
          específicos, contribuindo na                    CONCLUSÃO
          decisão terapêutica                                A imuno-histoquímica  está incorporada  à  patologia  ci-
                                                          rúrgica como método diagnóstico complementar, que busca
                                                          identificar características moleculares de células anormais
          +, HER2-), luminal B HER2 positivo (ER + e/ou PR +, HER2 +),   através do uso de marcadores tumorais.
          triplo negativo (ER-, PR-, HER2-) e HER2 (ER-, PR - HER2 +), já   O uso da técnica na avaliação de fatores preditivos em
          Irigoyen et al definiram os cinco subtipos em: luminal A, lu-  câncer de mama permite identificar pacientes que poderão
          minal B, HER2 positivo, semelhante da mama normal e basal   se  beneficiar  de  tratamentos  específicos,  contribuindo  na
          / triplo negativo. Para Cintra et al, os subtipos com maiores   decisão  terapêutica,  além  de  auxiliar  na  confirmação  do
          frequências foram luminal B  HER2 negativo (41,8%) e triplo   diagnóstico suspeito nas lâminas, contribuir para o diag-
          negativos (24.2%). Irigoyen et al relataram  os carcinomas   nóstico definitivo a partir de uma lista de diagnósticos dife-
          mais comuns sendo os cânceres de mama luminal A (62,5%),   renciais e na capacidade de interpretação dos resultados
          seguidos por carcinomas tipo luminal B (18%), HER2-positivo   para a composição de um diagnóstico final adequado, ca-
          (9,9%), carcinomas basal (8,4%) e fenótipo normal (1,4%).  bendo ao médico a análise de todos esses aspectos para o
            Cânceres de mama do tipo luminal estão associados   benefício de seu paciente.
          com um prognóstico mais favorável, enquanto os subtipos
          triplo negativo / basal e HER2 apresentam características   Contato:
          de prognóstico menos favorável, constataram Cintra et al e   Lucas Luiz de Lima Silva  e-mail: limabiomed@hotmail.com


          REFERÊNCIAS


          1.    SOARES, P. B. M. et al. Characteristics    7.   WOLF, F. F.; BUBLITZ, G. S.; FRIGERI,   14. CINTRA, J. R. D. et al. Immunohistochemical
           of women with breast cancer seen at    H.R. Correlation and comparison of   profile and clinical-pathological variables in breast
           reference services in the North of Minas Gerais.   immunohistochemistry for HER2/neu, using   cancer. Rev. Assoc Med Bras, 58(2): 178-87, 2011.
           Rev. Bras Epidemiol, 15(3): 595–604, 2012.  the antibody SP3 and chromogenic in situ
                                           hybridization in breast carcinomas samples. Rev.   15.  GIULIANELLI, S. et al. El receptor de estrógenos
          2.   CALY, D. D.N. et al. Value of    J Bras Patol e Med Lab, 51(6): 407-14, 2015.  alfa como mediador del efecto proliferativo de
           immunohistochemistry in  the  diagnosis                         progestágenos en cáncer de mama*. Medicina
           of  malignant  cervical lymph nodes. Braz J   8.   RIBEIRO, F. D. A. Q. et al. Comparative assessment   (Buenos Aires), v. 72; 72(4): 315-20, 2012.
           Otorhinolaryngol, 79(5): 625–8, 2013.  between objective and subjective methods in
                                           slides stained by immunohistochemistry. Braz J   16. ACEVEDO, F. et al. Inmunohistoquímica
          3.   FERRO, M. C. Custo-benefício dos exames   Otorhinolaryngol, 79(6):704-8, 2013.  convencional como predictor de respuesta y
           anatomopatológicos, citológicos e de                            sobrevida en pacientes con câncer de mama
           imunoistoquímica em um hospital geral. Rev.    9.   LIU, H. et al. Evaluation of decalcification   tratadas con quimioterapia preoperatoria.
           Fac Ciênc Méd Sorocaba, 16(3): 125–9, 2014.  techniques for rat femurs using he and   Experiencia de un centro.  Rev. Med.  Chil,
                                           immunohistochemical staining. Biomed Res Int,   143(6):724-32, 2015.
          4.  PACHNICKI, J. P. A. et al.    2017:6, 2017.
           Immunohistochemical evaluation of estrogen                    17. CALY, D. D. N. et al. Indications and pitfalls of
           and progestrone receptors of pre and post-  10. ALVES, M. T. D. S.; ROMAN, L. C. M. Estudo do   immunohistochemistry in head and neck cancer.
           neoadjuvant chemotherapy for breast cancer.    efeito de distintos períodos de fixação em   Braz J Otorhinolaryngol, 79(1):75-81, 2013.
           Col Bras Cir, 39(3):86–9, 2012.  formalina e métodos de recuperação antigênica
                                           na técnica de imuno-histoquímica. Rev. J Bras   18. IRIGOYEN, M. A. A. et al. Subtipos moleculares
          5.   ARIAS, V.; MAZZA, P. L.; FUNKE, M. A. A.   Patol e Med Lab, 41(1): 43-9, 2005.  del cáncer de mama: implicaciones pronósticas y
           Processamento tecidual para análise                             características clínicas e inmunohistoquímicas.
           imunoistoquímica de receptores    11.   FERRO, A. B. Imunohistoquímica. Instituto   An Sist Sanit Navar, 34(2):219-33, 2011.
           hormonais em carcinoma mamário: dois   Politécnico de Lisboa, v.1  p. 127, 2013.
           momentos em um laboratório de anatomia                        19. GOBBI, H. Classificação dos tumores da mama:
           patológica; correlação dos resultados    12. SALES, A .D. O.; RODRIGUES, S. J. D. P.; BACCHI, C.   atualização baseada na nova classificação da
           com método bioquímico.  Rev. RJ Bras Patol    E. Estudo comparativo entre os métodos LSAB®+   Organização Mundial da Saúde de 2012. J Bras
           e Med Lab,  39(3): 223–8, 2003.  e Herceptest® para a detecção de HER-2/neu em   Patol e Med Lab, 48(6): 463-74, 2012.
                                           carcinoma de mama. Rev. J Bras Patol e Med Lab,
          6.  SILVA, D. D. M. E.; SADDI, V. A.; MOMOTUK, E. G.   40(4): 265-71, 2004.  20. ÁCS, B. et al. Ki-67 as a controversial predictive
           Marcadores moleculares associados ao câncer                     and prognostic marker in breast cancer patients
           de mama não metastático*. Rev. Bras Cancerol,   13. LAZCANO, I. H. et al. Marcadores tumorales. Rev.   treated with neoadjuvant chemotherapy. Diagn
           48(1): 39-48, 2002.             Clínica Med Fam, 9(1): 31-42, 2016.  Pathol, 12(1): 20, 2017.
                                                        88
   83   84   85   86   87   88   89   90   91   92   93