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SHORT COMMUNICATION GESTÃO LABORATORIAL
de nossos colaboradores, que se aproveitou da plataforma de FIGURA 1 Estrutura dos 3 marcos de sucesso do Projeto
inovação aberta da empresa para sugerir uma ideia sobre a Jaleco de Ouro.
construção de um modelo de reconhecimento para colabora-
dores de Análises Clínicas. A proposta, fortemente alinhada
com os desejos dos gestores de celebrar as próprias conquis-
tas, foi modelada através de um framework de inovação cola-
borativa que acolheu os inputs dos colaboradores de cada nú-
cleo técnico-operacional e de seus parceiros, compondo um
mosaico diverso de ideais, premissas e critérios de sucesso.
Criou-se, dessa forma, um modelo de reconhecimento perso-
nalizado que permite identificar e destacar histórias que te-
nham impactado positivamente os nossos pacientes. Escolhe-
mos como imagens do projeto o avental branco (jaleco) e a
dedicação em atender e surpreender nossos pacientes (ouro).
Surgiu, então, o prêmio ‘Jaleco de Ouro’.
A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO 3. Realização do reconhecimento dos colaboradores: realizar a
‘JALECO DE OURO’ premiação dos primeiros colaboradores reconhecidos pelas
Mais do que desenvolver um modelo de reconhecimento equipes por viver e reforçar o propósito comum, utilizando os
para os colaboradores da Diretoria de Análises Clínicas, o proje- critérios e medidas definidos nas etapas anteriores.
to viabilizou a construção coletiva do nosso propósito comum. Para a viabilização desses marcos, trabalhamos com uma
Para termos um objetivo claro, que permitisse capturar a es- figura de ‘ampulheta’, que nos guiou durante a estruturação das
sência de nossa cultura, iniciamos a jornada pela identificação atividades relacionadas ao projeto.
de um conhecimento tácito que já estava presente na organi-
zação, mas que ainda não havia sido capturado e tornado explí- 1.300 COLABORADORES E 2 AMPULHETAS
cito como nosso propósito compartilhado. Essa definição pre- A figura de ‘ampulheta’ fez muito sentido quando recorda-
cisava traduzir a essência da nossa cultura e ser sentida por mos a dimensão da estrutura descentralizada da equipe de
todos colaboradores de todos os núcleos técnico-operacionais, Análises Clínicas. O maior desafio, portanto, foi considerar a
de todos os Estados da Federação, além de traduzir de que for- opinião de mais de 1.300 colaboradores na construção de um
ma estamos próximos aos pacientes, mesmo sem vê-los. Para modelo simples, equilibrado e colaborativo. Num primeiro mo-
compor o cenário completo, os colaboradores também escolhe- mento, capturamos ideias e critérios importantes para todos os
ram as formas adequadas de mensuração e de acompanha- colaboradores (brainstorming). Nessa etapa, utilizamos uma
mento desse propósito comum no dia a dia, optando por ‘histó- plataforma eletrônica aberta e alguns questionários disponibili-
rias extraordinárias do nosso cotidiano’. zados no mural de “Gestão à Vista” para captar as percepções do
Essa jornada de construção coletiva baseada em human que seria o propósito comum na visão das equipes. Antes da
centered design requeria a definição de critérios de sucesso abertura da plataforma, foi realizado um trabalho de sensibiliza-
para o projeto. Assim sendo, definimos três marcos de atingi- ção com vídeos e frases reflexivas, voltados para área de atua-
mento (Figura 1): ção do grupo de colaboradores em questão, o que contribuiu
1. Definição de um propósito comum: descobrir a intersecção significativamente para geração de ideias, promoção de engaja-
destas equipes, o que conecta todas as equipes de Análises Clí- mento e ampliação da sensação de pertencimento na constru-
nicas do Grupo Fleury, considerando que seus indivíduos atu- ção do programa. Todas as equipes foram envolvidas nesse ma-
am em diferentes cenários e com diferentes complexidades, peamento inicial. Na sequência, focamos em priorizar
especialidades médicas e regiões do país; propostas. Nessa etapa, também utilizamos uma plataforma
2. Determinação das medidas e critérios: desenvolver de ma- eletrônica aberta permitindo que todos os colaboradores parti-
neira colaborativa um modelo de reconhecimento justo, des- cipassem da construção e tivessem pertencimento sobre o pro-
complicado e de fácil utilização; uma abordagem que ultrapas- grama de reconhecimento. Na segunda etapa, representantes
sasse ‘indicadores e números’ e que valorizasse a vivência do das áreas foram convocados para sessões de focus group e
propósito comum; workshops sensoriais. As próprias equipes indicaram seus re-
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